23 de dezembro de 2011

2011





Já dizem os ditos manjados de velhos idiotas : "A vida é dura ... Rapadura é doce mas não é mole não... É a vida..." blablablabla

É verdade... a vida é difícil mesmo, eu que o diga! Tudo na minha vida tende a ser difícil, tudo o que eu preciso, quero, faço, invento, tento idealizar é uma missão complexa, cheia de planos  que no começo são muito bem arquitetados, projetos firmes com direito a combinações perfeitas mas que na hora de construir, recebem um material tão frágil quanto a areia, que com um ventinho de nada destrói toda essa obra...




Eu sempre preguei e prego o individualismo por crer que o ser humano é autosuficiente em muitas coisas, mas percebo também que nascemos pra ficar só, ou eu exclusivamente.

Sou admirado pela minha excentricidade, pela minha sinceridade aflorada, pela maneira que levo e encaro meus problemas mas toda essa admiração só acontece até a pagina dois. 

Dizem que tenho um futuro brilhante, que tenho competência para construir uma família, ter um bom emprego, dizem que sou algo raro, difícil de se encontrar e por isso me destaco, dizem, dizem dizem....

Fato é que qualquer historiazinha que eu inicio é peculiar, diferente do normal, mas os resultados são sempre os mesmos... Fato é que na minha vida a única diferença é que sou um malsucedido sem clichê.

Sei que sou jovem demais pra desacreditar nas pessoas e no poder do querer, no entrosamento e na decência de muitos, mas o que me tornou assim, foi o fato de ter vivido grandes historias, com grandes pessoas, envolvendo uma gama de sentimentos, palavras e frases pra no final tudo dar na mesma merda como se fossemos dois qualquer em busca de tentar um namorinho passageiro

Não aceito isso pra minha vida, não me permito perder tempo, morrerei só se preciso for, e até arrisco dizer que por incrível que pareça, qualquer tipo de relacionamento na minha vida sempre me trouxe muito transtorno, os ápices da minha felicidade e da minha alegria aconteceram quando eu estava estritamente sozinho, desencanado sem uma pessoa em mente. Não sei porque faço tanto marketing das minhas atribuições, sendo que elas só atraem falsos compradores.

É como o pobre que entra na loja de grife, prova as roupas mais estilosas, conversa com a vendedora como se fosse comprar, com o maior interesse, vê o preço, lembra da conta bancaria franzina e dá aquela desculpa esfarrapada de sempre que vai voltar outra hora

Este é o meu mundo, sou uma enorme vitrine de loja, apreciado, admirado, consultado, sou amigo confidente, paquera interessante, pretendente quase que pra casar, o boy safado, o amigo colorido, sou tudo isso em um só e muito mais, mas de muito pouca serventia sendo que pra muitos o que sempre importou foi o pó que se acumulou nas cantoneiras, ou o defeito do fio puxado no manequim, mantendo essa tradição legal de maximizar meus erros, atropelar a coerência de gestos e frases, passar por cima da moralidade e do meu direito de ser eu dando as costas pra essa vitrine partindo em busca de outra mais cheia de encantos com defeitos mais óbvios e por serem tão óbvios passam batido.

2011 foi assim, 2011 foi horroroso, culpa minha, me permiti ser ingênuo, paciência, 2012 será diferente.
Web Analytics